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Slow Food: a arte de mudar o mundo a partir da mesa


Todo mundo já ouviu alguma vez na vida que fulano ou fulana foi conquistado pelo estômago. A boa nova é que um movimento cultural se apropriou da sabedoria do dito popular para angariar novos adeptos por todo o mundo e tem literalmente conquistado a simpatia das pessoas pela barriga. A intenção do grupo é melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas do planeta, mas para tanto esqueça políticos e discursos, os protagonistas dessa revolução são alimentos gostosos, frescos, saudáveis, produzidos localmente e a preços justos. Esta é a filosofia do Slow Food, um movimento que quer mudar o mundo a partir da sua mesa.

Comer bem, um direito fundamental!

O movimento Slow Food defende que todos têm o direito ao prazer de comer bem, mas em contrapartida também têm a responsabilidade de defender as tradições culinárias locais. Sem agredir o meio ambiente e patrocinando os produtos e produtores rurais de suas regiões.


O caracol é o símbolo mundial do movimento Slow Food

Comer bem pode transformar o mundo

Ao mesmo tempo comer bem também pode ser uma importante ferramenta de transformação social. Poucas pessoas se dão conta de que a maneira como nos alimentamos influencia profundamente tudo aquilo que nos rodeia. Coisas como a paisagem, as doenças, a biodiversidade da terra e as nossas tradições culturais estão diretamente ligadas com a nossa alimentação. Imensos campos de soja e áreas de pastagem para animais tomando o lugar de florestas; doenças cardíacas, pressão alta e diabetes, e a supervalorização de um Big Mac ante um bom prato de comida saudável dão as dimensões de quanto a alimentação influencia o mundo. E pior, do quanto a má alimentação pode prejudicar as pessoas e o planeta. Por isso, em 1989, foi criado o movimento Slow Food, uma associação internacional sem fins lucrativos para promover práticas de alimentação saudável, prazerosa e transformadora.

Slow Food não tem a ver só com saladinha não. Carnes e doces também tem vez.

Mas como?

Atualmente o movimento Slow Food conta com mais de 100 mil membros e tem apoiadores em 150 países. Em comum todos utilizam produtos artesanais de qualidade, livres de agrotóxicos, e produzidos de forma que respeitam tanto o meio ambiente quanto as pessoas responsáveis pela produção, remunerando-as de maneira satisfatória.

Raio gourmetizador não tem nada a ver com Slow Food.

Sai pra lá gourmetização

Mas não se engane, a ideia dos adeptos do slow food com essa postura não é aumentar a receita dos restaurantes e produtores do movimento. Isso porque um dos princípios básicos da filosofia slow food é o preço justo aliado a uma gastronomia bem feita e com produtos de origem certificada. Nada de vender gato por lebre disfarçado pelo rótulo "Gourmet", algo tão em voga em dias de Food Truck e afins.

Sans Souci, o primeiro restaurante de Campos do Jordão filiado ao Slow Food.

Slow food em Campos do Jordão

E uma prova dessa dobradinha, preço justo e boa gastronomia, na prática pode ser conferida no restaurante Sans Souci Bistrô, em Campos do Jordão. O Sans Souci Bistrô é o primeiro restaurante de Campos do Jordão filiado ao movimento Slow Food. Nada mais conveniente para um restaurante cujo nome deriva de uma expressão francesa que significa "sem preocupação".

Área externa do restaurante Sans Souci, em Campos do Jordão.

Descolado sem perder o requinte

O Sans Souci Bistrô lembra brasseries francesas e cada cantinho foi carinhosamente decorado pela proprietária. Tricots coloridos agasalham os vasos de flores das mesas e recortes de malhas e jeans envolvem os encostos e pés das cadeiras. Um ambiente despojado que deve ser desfrutado com calma, e que além da simpática decoração conta com um café premiado, sobremesas exclusivas e as elogiadas receitas do chef Thiago Fegies, responsável por trazer a filosofia slow food para a cozinha do bistrô.

Comida boa, saudável e com preço justo.

Horta, menu executivo e os melhores produtos regionais

O restaurante Sans Souci conta com uma horta própria idealizada pelo chef Thiago Fegies e pelo dono do restaurante, o empresário Lélio Gomes. E quem assina a construção da estufa é o engenheiro agronômo, Rodrigo Veraldi, conhecido adepto do slow food no Brasil e proprietário do Viveiro Frutopia, o maior viveiro de frutas vermelhas do mundo. Para a horta do Sans Souci foram selecionadas mais de vinte espécies entre verduras, legumes, ervas e hortaliças. E o próprio chef e demais cozinheiros são quem plantam e colhem os alimentos que vão direto da horta para as receitas do bistrô.

Os chefs Thiago Fegies e Daniel Trefiglio .

E já que falamos em receitas, o selo slow food faz-se justo não só no tocante às saladas. Carnes e trutas são adquiridas de criadores da região, o queijo de cabra é originário de uma fazenda de Santo Antônio do Pinhal, o vinho e o azeite são de São Bento do Sapucaí e há espaço também, claro, para ingredientes tradicionais de Campos do Jordão, como o pinhão, as frutas vermelhas e as cervejas artesanais da cidade.

Um dos vinhos da casa, o Entrevilas, produzido pelo Viveiro Frutopia de São Bento do Sapucaí.


E o preço? Ah, eu sabia que vocês iriam perguntar. Por isso deixei o melhor para o final. Só para se ter uma ideia, o menu executivo dá direito a couvert, entrada, prato principal e sobremesa. Tudo isso por apenas R$34,90. Não bastasse, sempre há três opções de pratos principais para o cliente escolher e o menu executivo muda toda semana. Tá vendo? Comida de primeira, saudável e por um preço super bacana.


E assim se encerra o nosso papo de hoje sobre Slow Food. Uma iniciativa boa para a natureza, boa para o produtor, boa para o restaurante e boa para os clientes. É, parece que deu bom pra todo mundo :D Bom apetite!

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Onde comer? Sans Souci Bistrô - Av. Januario Miraglia, 3260, Campos do Jordão.


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